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quarta-feira, 18 de julho de 2018

MANIFESTO PÓS GOLPE

Povos da América Latina, do Caribe e do Mercosul, levantemo-nos!

Precisamos nos levantar, todos nós, povos espoliados e atacados em processos golpistas ou não, contra as investidas do capital internacional, ajudado pelas burguesias nacionais, subservientes e entreguistas, que o servem e o apoiam, que nos quer de joelhos a seu serviço. Desobedeçamos definitivamente a qualquer poder que não priorize o bem-estar do povo e a soberania nacional e regional.

A lição deixada pelos governos de esquerda e/ou centro esquerda que ascenderam nas últimas décadas na América Latina, alijados do poder em processos golpistas, como no caso de Honduras, Paraguay e Brasil, ou de manipulação de massas, como no caso da Argentina, Chile e Peru, e aqueles que ainda não cairam, mas podem cair a qualquer momento, é a de que temos direitos e podemos ter acesso a eles, e só não o conseguimos por que estes são negados ou roubados por uma burguesia maldita, criminosa e dependente, que do povo querem apenas o suor, a dor ou até mesmo a morte.

Façamos valer a frase atribuída ao Imperador Pedro I do Brasil, quando de sua "independência" de Portugal. Levantemo-nos contra a opressão, a miséria, a fome, a destruição dos direitos trabalhistas, da seguridade social (Previdência, Saúde e Assistência), da educação pública e do patrimônio público, e o jugo do sistema financeiro e do capital estrangeiro em nossas nações irmãs.

Não podemos permitir que destruam o MERCOSUL, a UNASUL, a UNILA, os BRICS e todos os mecanismos criados para nos fortalecer frente a sanha predatória voraz do capital internacional e do financismo, que pela globalização e o neoliberalismo, e como um cancro metastásico se espalha e destrói a todos nós. Lutemos pela União da América Latina e do Caribe, celeiro de espoliação desde sempre!

Liberdade e Democracia já!
Independência ou Morte!

Sérgio Moab Amorim de Albuquerque - CRP 08/08067-7
Psicólogo / Psicanalista / Servidor Público
Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas / Abordagem Psicanalítica / Sociologia Política
Copyright © 2018 by SÉRGIO MOAB AMORIM DE ALBUQUERQUE All rights reserved

CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO

Cidadãos brasileiros,

Vivemos um momento muito difícil em nosso País, onde um governo que não foi eleito pelo povo, e que não agrada a maior parte da população, haja vista seus apenas 3% (três por cento) de aprovação, procura retirar todas as proteções do povo e dos trabalhadores, conquistadas ao longo dos últimos sessenta anos.

Neste sentido, é preciso vir a público denunciar e esclarecer a população acerca do momento pelo qual estamos passando. É preciso que tomemos consciência do que está acontecendo no Brasil, de tudo que estamos perdendo e que vamos perder com este governo, que não é dos trabalhadores e nem a favor do povo brasileiro.
O objetivo deste governo é acabar com a saúde pública, transferindo para os planos privados os recursos públicos e a gestão da saúde pública, que a partir de então não será mais pública mas privada, administrada pelos planos de saúde. Nesse sentido o governo se reuniu com a FEBRAPLAN, no último dia 10/04, em Brasília, com o objetivo claro de extinguir a saúde pública no nosso país.

Com o objetivo de acabar com a assistência aos mais necessitados, reduziu a verba da assistência social em 95% (noventa e cinco por cento), numa ação criminosa contra a maioria da população carente deste país. Concomitante a isso, dificulta mais e mais o acesso aos benefícios da assistência social, administrados pelo INSS.

Como ainda não conseguiu fazer passar a reforma da previdência social, o governo ilegítimo se utiliza de mecanismos internos, no INSS, para sufocar o sistema previdenciário social, e forçar a saída e a migração do segurado para sistemas privados de previdência.

Além do ataque aos pilares da seguridade, ou seja, a Assistência Social, a Saúde Pública e a Previdência Social, o governo perverso do senhor Michel Temer avança sobre outras áreas que beneficiam a população desprovidade de recursos, como a educação pública, desde o ensino fundamental até as Universidades, com o objetivo muito claro de também privatiza-las e dificultar o acesso da população.

Todas as ações implementadas por este governo, como a reforma trabalhista, que retira direitos do trabalhador, até as reformas do ensino público e da seguridade social, tem o objetivo de destruir o pouco que a classe trabalhadora conseguiu conquistar nos últimos anos. Além disso, o congelamento dos gastos públicos por 20 (vinte) anos tem a função estratégica de sufocar as instituições públicas, facilitando a sua destruição.

Não é hora de ficar "parado com a boca escancarada e esperando a morte chegar", é hora de lutar e confrontar este governo que é contra a população brasileira e inimigo de todos os trabalhadores honestos e lutadores deste país!

Sérgio Moab Amorim de Albuquerque - CRP 08/08067-7
Psicólogo / Psicanalista / Servidor Público
Formação em Gestão Estratégica de Pessoas / Abordagem Psicanalítica / Sociologia Política
Copyright © 2018 by SÉRGIO MOAB AMORIM DE ALBUQUERQUE All rights reserved

segunda-feira, 9 de julho de 2018

PERDER O MEDO...


...E ATACAR O INIMIGO.

Urge, em tempos tão sombrios, a perda total e absoluta do medo para o enfrentamento do opressor. Essa lição nos é dada por uma personagem do filme Narradores de Javé, que enfrenta os engenheiros de uma empreiteira que tem como objetivo inundar o povoado de Javé, transformado-o em um lago para uma usina hidroelétrica, sepultando assim sua história sob as águas do "progresso".

O caráter simplório e servil do povo brasileiro está muito bem retratado naqueles que, na cidade, tentam conter o único habitante que ousa enfrentar o algóz, exatamente por ter perdido o medo. E essa personagem perdeu o medo por ter experienciado a invasão, a agressão e a morte de seu genitor dentro da própria casa. E, não por coincidência, há algo de similar que nos une a Javé, e que se passa no Brasil de hoje.

As atrocidades que o Golpe de 2016 tem promovido no país, e a falta de resposta à altura do povo, nos dá a dimensão exata deste medo subserviente e servil que acomete toda a população. Os maiores absurdos contra o povo e a nação estão sendo cometidos sem que uma resposta mais contundente seja proferida contra os serviçais do capital internacional e da destruição do Brasil e dos brasileiros. A desconstrução do bem-estar social, com os ataques à saúde, à assistência, à previdência, e à educação públicas carecem de uma resposta dura por parte do povo que, sem essas políticas, perecerão na indigência, em uma sociedade cada vez mais desigual.

Concomitantemente à destruição do estado, que tem em sua arquitetura a estratégia do congelamento dos gastos por vinte anos, o patrimônio público e a soberania nacional são entregues ao capital internacional, com a desculpa mentirosa da incapacidade do estado de gerir o patrimônio público. Durante muito tempo foi assim! Maus brasileiros, que apostam na pouca capacidade de discernimento de alguns e na ingenuidade manipulada de uns tantos outros, usurpam o patrimônio do povo em troca de enriquecimento pessoal.

E esses arautos da miséria apostam no medo do povo, disseminando a ideia de uma nação ordeira e pacífica, em detrimento de uma realidade cada vez mais destrutiva e promotora de um fosso social inimaginável. E muito do patrimônio do povo e da nação já se foi nas águas do Golpe, como a Embraer, o Pré-sal, a Base de Alcântara, os Direitos Trabalhistas, o Ciências sem Fronteiras, o Orçamento Reajustado, o Controle dos Agrotóxicos, a Farmácia Popular, o Fundo Soberano e a própria Democracia.

Na verdade, somos um povo mantido a chicote desde sempre, que tem na autoridade opressora, e no poder altamente verticalizado, sua estrutura de dominação opressiva. A história do Brasil é uma história de opressão e imbecilização de sua gente. A experiência de mais de trezentos anos de escravidão, as diversas tentativas de controle da liberdade dos corpos indígenas que jamais assimilou a cultura invasora, os sucessivos golpes perpetrados pelo poder econômico e a perpetuação do status de colônia no imaginário, forjaram uma situação de apartheid entre a massa do povo e o estado, ou entre esse imagiário construído e a realidade. A falta de identificação com a própria nação e o medo desmedido são os maiores inimigos da liberadade e da própria existência.

A quadrilha que assumiu o país desde então (Golpe de 2016) desconstrói o país a cada nova cartada, a cada nova investida, protegida por um poder judiciário comprometido até a tampa com essa arquitetura da destruição. A maior prova desse envolvimento está tipificada nos últimos acontecimentos, manobras notadamente ilegais que, subvertendo a instituição do direito, expoem cada vez mais as víceras do conluio golpista.

Só a perda absoluta do medo, medo do pai-patrão, medo da autoridade despótica, medo da polícia repressiva e até mesmo o medo de deus, estruturas forjadas para o controle do corpo e da alma, poderia libertar o ser cidadão/brasileiro para sua autoafirmação e a libertação desse controle opressivo. O povo brasileiro carece dessa autoafirmação, desse empoderamento enquanto pessoa e cidadão, como o indivíduo dentro do processo analítico, para passar a ser agente de seu meio, na defesa de seu espaço e de seu território.


Sérgio Moab Amorim de Albuquerque - CRP 08/08067-7
Psicólogo / Psicanalista / Servidor Público 
Formação em Gestão Estratégica de Pessoas / Abordagem Psicanalítica / Sociologia Política 
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